Conheça a trajetória histórica e a formação administrativa do nosso município.
O município foi elevado a termo judiciário pela lei n.º 485 de 14 de Outubro de 1898, pertencendo à comarca do Inhamuns. População 6.000 habitantes com 350 eleitores em 1905.
O Arneiróz a historial-o, no seu princípio foi aldeia dos indígenas, depois fazenda de criação de gados do coronel Euphrasio Alves Feitosa, mais tarde povoação e freguesia por provisão de 13 de Novembro de 1783, inaugurada no ano seguinte; Vila por lei n.º 1.128, de 21 de Novembro de 1864.
A vila de Arneiróz tem risonha situação geográfica, à margem esquerda do Rio Jaguaribe, principal rio do Estado. O seu horizonte torna-se encantador devido à bela serra que serve de limite ao nascente e que espontânea cedeu livre passagem a este rio de mais de cem léguas de curso. É verdadeiramente atraente a vista e aproximação do enorme boqueirão que n’outro século denominou-se Boqueirão de Inhamuns, hoje de Arneiroz.
Os rios do município são afluentes do Jaguaribe: rio de Jucá e rio Condadú; riachos: Mota, Mucerino, Olho D’água, Favellas, Imburanas, Andreza e Craíbas. Entre suas fazendas notam-se: Arapuá, Mucuim, Cachoeira, Cachoeira Grande, Sant’Anna, Olho D’água, Favellas, Cajaranna, Mota, Juá etc.
Fonte: Almanak Laemmert, Rio de Janeiro, 1910.
Arneiroz recebeu este nome de uma antiga freguesia de Portugal, no Conselho de Lamego, distrito de Viseu, Províncias de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Os primeiros colonizadores das terras do Arneiroz foram os irmãos Francisco Alves Feitosa e Lourenço Alves Feitosa que se estabeleceram à margem direita do rio Jucá, fundando a primeira fazenda de gado do “Alto Sertão dos Inhamuns”, por volta de 1707.
No início do século XVIII, formou-se um agrupamento de índios da tribo Jucá, missionada pelo Padre José Bezerra da Costa, primeiro Cura dos Índios do “Lugar de Arneiroz”. Posteriormente, parte dos índios foi transferida para Baturité, Crato e Parangaba.
Segundo Florival Serraine, o topônimo Arneiroz é o plural do diminutivo medieval “Arneiroz” (corruptela de arenaríola), palavra fora de uso em Portugal. Alguns léxicos apontam que significa “terreno arenoso e estéril”.
Fonte: “Arneiroz 150 Anos de História (1864-2014) – De Leonardo Feitosa a Monteiro Filho”, Paz Loureiro, 2014.